Somos TODOS Covardes
O melô do deprimido padroniza poesias, a síndrome da pena de nós mesmos faz com que escrevamos sempre as mesmas coisas, medíocres amadores, cegos, modelamos nossas dores em formas iguais.
Ignorantes, racistas e pretensiosos, analfabetos com recaída intelectual. Queremos expressar nossas dores e afetos e dizemos que somos sensíveis. Quanta merda!
Somos egoístas e covardes, nos escondemos atrás do rosnar de nossos textos ferozes.
Não entendemos o mundo e porque tanta crueldade, e nos esquecemos que crueldade é ignorar e omitir o que contestamos. De dentro de nossos carros veremos pessoas dormindo nas ruas, debaixo de pontes, também veremos pedintes e crianças com fome.
E bye bye, os deixaremos pra trás, damos um foda-se vestido de "sem-saber-o-que-fazer".
Um abandono em cada esquina.
Somos todos covardes!