ponto e vírgula

poderia eu; me transfigurar

de doce e leve mutação

imagens e vidas no ar

iria eu, nuvens alcançar

se; mutante fosse

através da fechadura á estrela mais alta

teria ela em mãos por finita posse,

ternura ou algodão, refresco ou calmaria

alfa céu - ômega chão, o pai e teu sermão

as faces no fogo e as lagrimas do mar,

seria eu...

mas não posso; dito cujo

orvalhos de fertilidade, clareiam

me contento e se digo, tento...

dói e laça as veias, sapateiam

não queria ser;

pólvora que envolve os corpos

flúor, pólen, chuva ou tangente

caos, madrugadas, insolações ou enxurradas

ponto e virgula...

que florescem, para quem ?

29.10.2006

Fernando Couto.

F Couto
Enviado por F Couto em 14/03/2011
Código do texto: T2847386
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.