Á terra do sol nascente
Hoje, não bastasse a inspiração ter me abandonado de vez,
vi estampada em meu rosto ao ler os matutinos nacionais uma certa palidez.
Desde que o primeiro homem pisou este planeta, foi-lhe ensinado a lutar para sobreviver.
Mas contra as forças da natureza, especialmente as que vem do mar,
só lhe resta quando pode, correr.
Sei que é esta a vontade Divina e que não podemos contestar,
mas podemos e devemos, se pudermos, ajudar e pelas vítimas rezar.
Naquela ilha tão bela e cheia de prosperidade
muitos buscam a vida melhor que não encontraram em seu torrão.
Traz no centro de sua bandeira o retrato do sol, sinônimo de liberdade
porque então Senhor, que suas águas agem com tanta crueldade?
De certo que no passado seus guerreiros lutavam enfurecidos
e muitas vezes vitimavam irmãos que não fizeram por merecer.
Mas estes já foram por nós perdoados e até mesmo esquecidos
teriam os seus descendentes agora para pagar a dívida, que perecer?
Só me resta de longe emanar bons fluidos à terra do sol nascente
para que seus nativos possam restabelecer ali a tranqüilidade.
Rogando ao Pai que dê a eles alívio da fúria das águas e do fogo ardente
devolvendo em seus corações e no rosto a expressão da eterna felicidade.