Á terra do sol nascente

Hoje, não bastasse a inspiração ter me abandonado de vez,

vi estampada em meu rosto ao ler os matutinos nacionais uma certa palidez.

Desde que o primeiro homem pisou este planeta, foi-lhe ensinado a lutar para sobreviver.

Mas contra as forças da natureza, especialmente as que vem do mar,

só lhe resta quando pode, correr.

Sei que é esta a vontade Divina e que não podemos contestar,

mas podemos e devemos, se pudermos, ajudar e pelas vítimas rezar.

Naquela ilha tão bela e cheia de prosperidade

muitos buscam a vida melhor que não encontraram em seu torrão.

Traz no centro de sua bandeira o retrato do sol, sinônimo de liberdade

porque então Senhor, que suas águas agem com tanta crueldade?

De certo que no passado seus guerreiros lutavam enfurecidos

e muitas vezes vitimavam irmãos que não fizeram por merecer.

Mas estes já foram por nós perdoados e até mesmo esquecidos

teriam os seus descendentes agora para pagar a dívida, que perecer?

Só me resta de longe emanar bons fluidos à terra do sol nascente

para que seus nativos possam restabelecer ali a tranqüilidade.

Rogando ao Pai que dê a eles alívio da fúria das águas e do fogo ardente

devolvendo em seus corações e no rosto a expressão da eterna felicidade.

ChangCheng
Enviado por ChangCheng em 12/03/2011
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