Memórias de Uma Noite Comum

Seu subconsciente se dividia entre essas duas figuras que manipulavam seus desejos, seus anseios, seu futuro e seu presente, quem sabe até o passado. Não há bem uma definição para isso. Talvez uma face boa e uma ruim? A racional e a irracional? Eu posso dizer claramente (ou não) como realmente são as coisas... Pois este sou eu!

Tão sutil foi o minuto em que você entrou na minha vida que agora entre murros nas paredes e gritos internos eu procuro entender o que é essa força capaz de me derrubar, e é justamente essa força que alimenta o meu lado ruim, meu lado ruim que te deseja! Te deseja além do mundo, que trocaria sem hesitar minha vida, por uma hora com você. Eu me acostumei, pois são memórias que se espalham em minha cabeça todo o dia, como algo no meu cotidiano. Porém é quando a noite chega que o conflito maior começa. A partir do momento que digo que deixei com que você se tornasse uma parte de mim, sem perceber que, na verdade, eu estava me tornando submisso a você! A claridade tenta me iluminar, mas é inútil!

-É a sua chance, é o que você necessitava, apenas esqueça, vá embora e siga sua vida.

Por ventura ou inveja, a face má se manifesta:

-Garoto, você é fraco, tudo deu errado e foi por sua causa! Agora faça a coisa certa, se entregue, deseje, ame, sofra e viva sua vida nessa enorme função de prazer e repulsão, faça com que seu corpo implore esse desejo e amadureça nessa fantasia!

É tudo tão triste... Talvez a solução você que tudo se calasse em uma explosão no meu cérebro, concreta e definitiva!

Não, estou brincando, não penso nisso... Acho que no fundo, gosto da maneira como isso me machuca.

Gustavo B
Enviado por Gustavo B em 11/03/2011
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