Escrever...
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Escrever...
É na solidão que escrevemos; e os textos saem, quase todos, como um sofrido aborto decorrente do cansaço que nos assola durante as atividades do quotidiano... Muitas vezes temos o silêncio como tempero da continuidade atomizada pelo aparente desprestígio - talvez apenas os textos dos poetas maiores e menores sejam dignos de uma olhadela! Os textos surgem, mesmo assim, teimosos, externando nossas inquietações e dissabores. Quem disse, entretanto, que buscamos notoriedade? Buscamos apenas tocar a sensibilidade de quem a tem; buscamos burilar a perspicácia daqueles que entendem que a palavra escrita é a desconstrução de almas - os poetas agem assim; os filósofos agem, agem... Eu, genuinamente, atrevido como eternamente serei, ouso e me atrevo agindo assim. Espero que minhas inquietações não findem e que a cada nova palavra o verbo crie vida, modificando positivamente o outro, pois, afinal, não somos eremitas e a vida social cogita troca de saberes e de vivências.