Livros sagrados ou marcantes



De antemão gostaria de me desculpar abertamente se a polêmica deste texto parecer grosseira ou pedante, sinceramente não é este o intuito, todos são livres para crer ou descrer em qualquer coisa, é claro que fugir de um conhecimento científico acumulado me parece uma atitude errônea, de uma insensatez enorme.
Não é intuito meu provocar quem quer que seja, e mais uma vez afirmo que sendo uma característica minha discordar das religiões, quanto mais das maiores e mais bem estabelecidas, é também uma característica que muito preso, respeitar os religiosos, se não pelo que crêem, principalmente pelo que são, seres humanos livres, irmão em espécie e membros de uma sociedade que busca ser humana e social.
 
Nossa complexidade mental se reflete em uma complexa rede social. Nossos medos primeiros e nossas crenças e descrenças geraram e modelaram filosofias de vida e religiões, em muitos casos moldam também a política e a economia. Em geral, as religiões, desde seu princípio, acredito, buscavam nos saciar de informações acerca de nossa existência, do porque existimos e de nossos medos, sendo o maior destes, pelo que interpreto, o medo da própria morte.
 
Religiões e “metareligiões” existem várias, dispersas geograficamente, e apoiadas em princípios algumas vezes férteis, originais e criativos, e outras vezes apenas derivados de outras próprias religiões. Cada uma delas, ao seu modo, possui seus livros sagrados.
 
Não desejo neste texto discutir se um único deus poderia intuir homens a escrever tão variadas e contraditórias entre si, literaturas sagradas, sendo muitas delas bastante incoerentes com as demais, e algumas delas incoerentes inclusive com seus próprios livros e capítulos.
É lógico que sempre sobram assertivas de que é o meu livro sagrado quem reflete o verdadeiro desígnio de deus, sendo a única revelação oficial. Existem outras argumentações, com algum grau de brilhantismo semântico que é o de argumentar que é uma questão de interpretação. A saída da interpretação permite uma sobrevida enorme aos escritos, pois conforme me aprouver interpreto de uma forma, assim posso com o passar do tempo, ir ajustando a interpretação para minhas necessidades atuais. O que esquecemos, ou simplesmente não sabemos, posto que vivemos o presente e acabamos não investindo esforços na história semântica de nossos livros sagrados, é que textos hoje utilizados como iluminados e divinos, já foram eficazes para amedrontar, aterrorizar e punir, inclusive com sofrimento desumano, outros irmãos, sem falar em justificativa imoral para guerras.
 
Como revelações divinas estes textos estão acima de nossa crítica mundana, assim pelo menos é a posição oficial de seus defensores.
 
Este ser divino, revelador, poderia pelo menos ser coerente em todas as suas revelações, por todas as religiões que existem. Como deus não pode falhar, ou pelo menos esta é uma das características de um deus, passo a acreditar que a falha esteja com os profetas, pelo menos aqueles veículos da revelação, responsáveis por transcrever estas revelações: ou eles não souberam interpretar (sempre a interpretação) as revelações, ou as revelações não passam de meros insights mentais, sem falar na possibilidade de que as revelações, ou parte delas, sejam simples criações pessoais.
 
O foco deste texto é comentar que existe uma variedade de livros sagrados. Os livros sagrados são muito mais comuns nas religiões monoteístas. Talvez um único deus seja mais prolixo em revelar do que o seriam os múltiplos deuses do politeísmo, ou talvez porque simplesmente não existam múltiplos deuses.
 
Não sendo historiador, muito menos profundo estudioso das teologias e das filosofias de vida, levantei alguns exemplos de livros sagrados ou marcantes (de acordo com a respectiva religião ou filosofia de vida):

Bramanismo: Mahabharata
Cristianismo: Bíblia
Hinduísmo: Vedas
Islamismo: Alcorão
Judaísmo: Torá e Bíblia
Sikhismo: Guru Granth Sahib
Zoroastrismo: Zend Avesta
Fé Bahá'í: Kitáb-i-Aqdas
 
 
Cristianismo
 Bíblia
     Antigo Testamento
     Novo Testamento
 
Islamismo
 Alcorão (Corão)
 Suna
 Hadith
 
Hinduísmo
 Vedas
    Rig Veda
    Sama Veda
    Yajur Veda
    Atharva Veda
 Mahabharata
 Bhagavad Gita
 Upanishad
 Shruti
 Yoga Sutras
 
Judaísmo
 Torá
 Tanakh
 Talmud
 Mitzvá
 Sefer Yetzirah
 
Taoísmo
 Tao Te Ching
 
Confucionismo
 Analectos de Confúcio
 
Zoroastrismo
 Avesta
 
Fé Bahá'í – Criada em 1844 - Estima-se que existam pelo menos cinco a seis milhões de Baha’is espalhados por mais de 200 países e territórios.
 Kitáb-i-Aqdas
 Kitáb-i-Íqán
 Palavras Ocultas
 Epístola ao Filho do Lobo
 Os Sete Vales
 Jóias dos Mistérios Divinos
 Epístolas de Bahá'u'lláh
 O Tabernáculo da Unidade
 O Chamado do Senhor das Hostes
 Palestras de 'Abdu'l-Bahá
 O Segredo da Civilização Divina
 Epístolas do Plano Divino
 A Última Vontade e Testamento

Arlindo Tavares
Enviado por Arlindo Tavares em 09/03/2011
Reeditado em 09/03/2011
Código do texto: T2837892
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.