Paradoxos da Vida.

A vida oscila de forma feroz

Indo do ápice

Ao desespero do declínio

A aranha espera meticulosa por sua presa

Quando sua armadilha dá sinal

E ela vê que a presa pode ser ela

Ela abandona sua morada

O lobo sabe que com sua alcatéia

Ele, é medo

E sem ela, sabe que o medo esta contido nele

Desafiamos gigantes

Travamos batalhas medievais

E nos afogamos nas lagrimas da perda

Deixamos de ser crianças

Dóceis, inundada de inocência

Pra nos tornarmos os monstros da maturidade

Movidos pela cede, insaciável, da ambição

E por fim

Deixamos tudo pra trás

E retrocedemos a infância

Mas, agora, com o nome de velhice

E voltamos a ser criança

Do Arpoador

Avistamos a imensidão do mar

E dentro de nós mesmos

Não conseguimos avistar nossos, leves, defeitos

Somos a ambigüidade

O paradoxo

E somos também o que não deveríamos ser

E não somos aquilo que,

Verdadeiramente somos.

Felipe Vilela
Enviado por Felipe Vilela em 06/03/2011
Código do texto: T2831772
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