Paradoxos da Vida.
A vida oscila de forma feroz
Indo do ápice
Ao desespero do declínio
A aranha espera meticulosa por sua presa
Quando sua armadilha dá sinal
E ela vê que a presa pode ser ela
Ela abandona sua morada
O lobo sabe que com sua alcatéia
Ele, é medo
E sem ela, sabe que o medo esta contido nele
Desafiamos gigantes
Travamos batalhas medievais
E nos afogamos nas lagrimas da perda
Deixamos de ser crianças
Dóceis, inundada de inocência
Pra nos tornarmos os monstros da maturidade
Movidos pela cede, insaciável, da ambição
E por fim
Deixamos tudo pra trás
E retrocedemos a infância
Mas, agora, com o nome de velhice
E voltamos a ser criança
Do Arpoador
Avistamos a imensidão do mar
E dentro de nós mesmos
Não conseguimos avistar nossos, leves, defeitos
Somos a ambigüidade
O paradoxo
E somos também o que não deveríamos ser
E não somos aquilo que,
Verdadeiramente somos.