Espelho Meu

Diga-me: Existe alguém que esse outro não seja eu? Procurei-te entender, primeiro olhando – te somente no que eras, vidro. Imaginei espelho olhando espelho e no que ele não veria. Depois a curiosidade lançou-me mais à frente e pensei como nas estórias infantis: “E se eu entrasse dentro dele? O que eu encontraria?” Passaram-se os anos da vida e meu espelho trouxe-me outras imagens que julguei novas, mas eram antigas. De quem? De todos nós, imagens uns dos outros. Onde erro, onde acerto, refletido está nas relações. O outro e eu. Alinhavou-me a alma essa constatação, melhorou o meu ver e sentir. O planeta sofrido agora me mostra: O que lhe faço ele me faz! Mas olhe o lado maravilhoso dessa constatação: Sinto-me tão bem e feliz! Quem me faz assim?Você que me lê, tão bonito e feliz!

Carlos A Funghi
Enviado por Carlos A Funghi em 02/03/2011
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