NÃO HÁ TEMPO PARA TER TEMPO
É aqui e agora,
no útero da vida,
que meu mundo se forma.
O fascinante mistério triunfa no meu poder.
Em todos os lugares,
Na reconstrução de um ser,
reina a glória do tempo do agora .
Sou mãe da vida,
um útero sagrado,
Contemplo a eternidade em átomos de instantes
Em auto caricias, o mundo não me devora.
Sou um manifesto de regressão ao sagrado
Rejeito evocar as vivências infantis
para evitar laceração da alma.
Nem sempre consigo
Mas a despeito dos impulsos arcaicos
Há um eterno retorno
às vontades arquetípicas de renascimento.
Não aceito lágrimas infindáveis
Sou um começo...um recomeço...
um meio...sem fim.
Resgato no cáos a beleza do amor
A força que me conduz à unidade maior.
Como humana escondo o belo
mas no espirito formo a minha identidade.
No mal que faço,
a neurose dissociativa
exclui o tempo histórico
Quisera uma regressão saudável
a um interior de paz.
Minha consciência se expande
num instante sem fim
E assim encontro a profundidade
do mundo que gero em mim.