DE AMORES
Sempre há o que acorda primeiro do sonho e segue, buscando nos desertos da vida, respostas para as questões que o afligem. Só se percebe a ausência do outro, quando o vazio se faz presente e o tempo revela o por quê. O coração, cavalo a galope sem rédeas, pisoteia destinos e dispara, veloz. Triste, o Amor se revela no futuro das impossibilidades e a vida é uma paralisia de vontades. Porém, frutos gerados no amor precisam ser nutridos, física e emocionalmente. Quem fica, revolve os armários, recolhe dores e lágrimas, e protege seus frutos com rasgada seda do coração, reduto do Amor que desde sempre o habitou.
Helena da Rosa
01.03.2011