Disfarce desocupado
Alimento que não passa
A semente que não cresce,
O espaço assim repassa
O tempo que se sucede.
Algo mais de se fazer
Retendo o extermínio
Além do ato com prazer
Sobra a alva em seu domínio.
A espada da morte que me cerca
Pelos quatro cantos da alma,
Tenho sobre si a reserva
Do estado que assim nos separa,
Disfarce desocupado
Persuadido em vastidão,
E no simples esquecimento alado
Se junta o vento com a solidão.