Quando as Paredes Falam

De repente tudo nos parece vazio,

O silêncio aflige sem moderação...

E em um dado momento,

Tudo que ouvimos é o nosso coração...

Aflito e acelerado,

Frágil e descompassado...

Até parece que lá fora o mundo morre,

E ficamos banidos em nós mesmos,

Tentando imaginar se "algo" ainda existe...

Às vezes convidamos a lágrima, o soluço,

Talvez por estarem próximos a nós...

À noite, o silêncio nos interpela,

Tentando nos dizer que a solidão é uma sela...

Que limita a ação do que sentimos,

E muitas vezes, castra a razão daquilo que acreditamos...

Sonhos, eles já não existem,

Pela simples falta de aspiração...

Mas quando diluímos dentro nós, tudo aquilo que nos maltrata e nos consome, buscando a fortaleza dos sentidos e o equilíbrio da razão,

Damos asas ao pensamento que se transporta...

Passamos a amar tudo aquilo que se encontra além das nossas "Portas", ouvimos a Voz que nos conforta, e aderimos ao "Bem" que nos consola...

Mesmo aqui, longe de tudo,

Ouvindo apenas o que as nossas "Paredes" falam...