O Magro Demais

Nasceu um menino

Era muito magricela

E a mãe chorava sem paz

Chamou-o "Magro Demais"

O nome feio pegou

E o magro não engordou

Mantendo assim

Seu posto pessoal

O Magro era o tal

O cara mais esperto

Não podia ter por perto

Nenhum carro muito novo

Porque Magro era do povo

E levava o carro embora.

Até na hora

Da missa de domingo

Magro roubava no bingo

Que a veiarada fazia.

Magro não tinha piedade

Revirava a cidade

Atrás de dinheiro vivo.

Magro agora era bandido.

Sua mãe tão desgostosa

Já nem mais tocava prosa

Com a tia Josefina

Pois nos tempos de menina

Iam juntas pra escola.

Mas agora Magro Demais

Tinha acabado com a paz

De sua mãezinha carola.

Magro agora tava em jornal

E se dizia ser o maioral

Por toda aquela redondeza

Magro ria da polícia

Pois não tinha esperteza

Magro era idiossincrático

E também muito simpático

Conquistando a malandragem

Até que um dia na garagem

Magro Demais ficou incapaz

Com um tiro na bagagem

E não morreu por um triz

Mas ficou a cicatriz.

Agora é "Magro Demais dos Sinais".

Diária Mente Louca
Enviado por Diária Mente Louca em 25/02/2011
Reeditado em 25/02/2011
Código do texto: T2814230
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