Divagações
Viver é uma arte tão abstrata!
Regras não ajudam, e padrões menos ainda.
A verdade humana é relativa e toma forma conforme a conveniência.
Sorrimos e matamos; Amamos e odiamos, depende do momento.
Viver é tão engraçado!
Primeiro querem que sejamos isso ou aquilo.
Depois que vergam nosso pensar, nos mandam escolher, porém "dentro do
aceitável" conforme a fôrma proposta.
Pergunto: O que realmente sou?
Um individuo? Ou alguém que atende as expectativas de outrem?
Penso o que quero e ajo conforme penso ou tudo isso que me forma é
forjado para que eu pense ser que sou, quando na verdade não sou o que penso ser?
Por que simplesmente não sigo meus instintos?
Por que simplesmente não sigo a Voz do Vento e faço a vida valer a pena, além da imagem da máscara ou do sorriso forçado?
Por que meus fracassos são escondidos e meus supostos sucessos
valorizados como constantes?
Por que a voz dos meus pensamentos é abafada num baú de entulhos
guardado no meu coração?
Quem me dera viver a alegria das crianças, que não se preocupam com nada além da simples emoção de brincar.
Quem me dera, ser somente eu!
Por que simplesmente não posso?