UMA LINHA TÊNUE
Sou amante do tempo, quase sempre me emociono com histórias de outrora, por vezes choro com o amanhecer.
O desconhecido me excita, enquanto amedronta. A morte, ou será vida?
Gosto das perguntas e da dualidade das respostas. Os mistérios que confundem e os borburinhos que instigam.
O “agora” é único, um encontro marcado, não retrocede, nem se adianta, é o presente dando as caras! Um devaneio, um piscar de olhos, pronto! Já foi, é passado.
A vida é mais vida doando mais o tempo que absorvendo. A sobrevivência egoísta do presente me inquieta.
O conhecimento me permite driblar a ignorância sem me machucar com ela. A dúvida é meu escudo contra o medo.
A lucidez me assusta. A loucura me encanta.
Na corrida insana dos insatisfeitos, vou de encontro as perguntas.
Tenho receio das respostas, pois limitam meus anseios com a crueldade da finitude e da certeza.