Planos
Deus, eu passo os sete dias úteis Traçando nove dias fúteis Fazendo planos de papel Em quartos cinzas de aluguel E vou dormir Entre as paredes do hotel do sossego. Sim no contracanto do meu leito Guardo um punhal cravado ao peito Tingindo a cama e o lençol Por uma fresta me invade o sol E eu vou deitar Entre as palmeiras desenhadas nos jornais.
Ah, mas que você espera de mim? Que o consumado eu vá repetir Não, o que me importa nesse instante É esse não importar constante É esse sorriso que eu guardei Nessa gaveta a qual fechei Pra mim dormir Com a cabeça no lugar que eu deixei.