RODOPIANDO AO SABOR DO VENTO...
Às vezes eu imagino o meu epitáfio.
Aqui jaz... Mórbido? Não, real.
Eu sou uma nuvem passageira.
Mas, esquecendo o túmulo.
Queria um cerimonial igual ao dos índios.
Uma imensa fogueira. Eu, lá no alto.
Depois, as cinzas voando.
E, uma vez no espaço, transformadas em estrelas.
Com um pedaço do céu por mim assim estrelado,
Teceria um vestido de baile
E rodopiando ao sabor do vento
Chegaria à Terra do Nunca,
Onde habitam meus reais companheiros.