Da Minha Cegueira
A noite se deita no meu olhar. No horizonte escuro da alucinação. Antes que a vida possa me privar. Minha sensibilidade distingue o real da ilusão. Mesmo que a cegueira tente permanecer. Num instante qualquer de ignorância. A luz da alma direciona o meu ser. Mostrando o caminho que reduz a dissonância. Mesmo que os meus olhos permaneçam fechados. Minha visão segura nas mãos da vidência. Revelando os traços sutis dos comunicados. Nas palavras do poema que vaticina minha vivência. Cegar os olhos é doar visão aos dedos da mão. Intensificando a sensibilidade de todos os sentidos. Caminhar seguro ouvindo a voz da intuição. Abraçando a vida sem medo dos nossos destinos.
*imagem do google