M U L H E R

Generoso leitor,

acordei comovido com o sofrimento das mães!

Como não!

Nem a dor nem o heroísmo tem pátria, disse-o alguém.

Na ordem moral como no estético, não existem bandeiras.

O coração não é brasileiro ou paraguaio - é humano.

Não recordo quem disse que a alma das criações literárias é a sinceridade. Os grandes escritores são os que não sabem mentir. A emoção estética, como o pudor, não se finge. E só a expressa e a desperta quem a sente.

Recentemente li um livro antiquíssimo, "Salve, Mater!", que me levou a estas divagações ...

Seu autor é um escritor sincero ... comovido ante o sacrifício da "espartana americana" ... é comovente ...

Em sua imaginação de artista, mostrou a dor de minha gente ...

E o encarnou na alma lacerada ...

...da mulher que sofreu tanto ... e que tinha coração ...

Mulher, formosa, apaixonada e boa ... Não mereceria tão triste destino!

A MULHER nasceu para enfeitar a vida ...

A MULHER nasceu para grandes harmonías, para realizar sonhos de felicidades.

Mas às vezes vem a tormenta, vem a guerra que em sua fúria tudo destrói: leva seus pais, seu amante, o irmão ...

Este anjo, melancólico(como o destino da raça Guaraní), morreu um pouco ao lado do pai, amante e irmão.

...e nesta selva onde geme o vento ... choro por ELAS!

Pedro Gonzalez
Enviado por Pedro Gonzalez em 13/02/2011
Reeditado em 14/02/2011
Código do texto: T2789180
Classificação de conteúdo: seguro