M U L H E R
Generoso leitor,
acordei comovido com o sofrimento das mães!
Como não!
Nem a dor nem o heroísmo tem pátria, disse-o alguém.
Na ordem moral como no estético, não existem bandeiras.
O coração não é brasileiro ou paraguaio - é humano.
Não recordo quem disse que a alma das criações literárias é a sinceridade. Os grandes escritores são os que não sabem mentir. A emoção estética, como o pudor, não se finge. E só a expressa e a desperta quem a sente.
Recentemente li um livro antiquíssimo, "Salve, Mater!", que me levou a estas divagações ...
Seu autor é um escritor sincero ... comovido ante o sacrifício da "espartana americana" ... é comovente ...
Em sua imaginação de artista, mostrou a dor de minha gente ...
E o encarnou na alma lacerada ...
...da mulher que sofreu tanto ... e que tinha coração ...
Mulher, formosa, apaixonada e boa ... Não mereceria tão triste destino!
A MULHER nasceu para enfeitar a vida ...
A MULHER nasceu para grandes harmonías, para realizar sonhos de felicidades.
Mas às vezes vem a tormenta, vem a guerra que em sua fúria tudo destrói: leva seus pais, seu amante, o irmão ...
Este anjo, melancólico(como o destino da raça Guaraní), morreu um pouco ao lado do pai, amante e irmão.
...e nesta selva onde geme o vento ... choro por ELAS!