FALAR DE SOLIDÃO
Não é fácil
Ficar silenciosa e resignada
Diante de tamanha dor
Não clamo, nem murmuro
Anseio por sair de mim
Vislumbro as minhas soluções
Porém, parece não haver resposta
Cantos de penumbra invadem a ante-sala do meu peito
E fico a esperar
Vivo a esperar...
Meus passos... eternas esperas escondidas nos risos
Rios de tristeza violentam as minhas veias
Transgredindo meu sono
Visitando os meus sonhos
Quantos?!
Guardo-os!
Fiz-me vítima, santa, pagã
Estou só
Existo neste mundo de conceitos e preconceitos que falam de tudo e nada contribuem para os reais sentimentos
Os simples sentires da humanidade
26/11/1996