A súplica
... se sou a sombra gostosa em dias de verão, por que tu me cortas ?
... se te sacio com meus frutos saborosos, por que não me deixas viver em paz ?
... se sou o teto da tua casa a te proteger da chuva e do frio, por que não cuidas de mim ?
... se te acompanho desde o berço de ninar, e até a negra cova fria, por que me jogas ao fogo ?
... se sou o cabo das tuas ferramentas, onde derramas o teu suor, por que para ti não sou nada ?
... se sou a cama, onde descansas teu corpo exausto, por que não me defendes dos destruidores ?
... se sou o ramo e a beleza da flor que enfeitam e perfumam o teu lar, por que me tratas assim ?
... e se um dia eu desaparecer, deixando a terra nua, o que será de ti ?
... aí, já não terás sombra nem pão, beleza ou proteção, perfume e calo nas mãos, e tantas coisas mais.
... E aí ..., O que será de ti ?