Minhas pessoas.

Como dizia a minha mãe- “não adianta chorar pelo leite já derramado”, esse ditado popular nunca fez muito sentido na minha vida, eu sempre vi isso como mais uma coisa que ela dizia pra me acalmar nas horas de aflição. Mas hoje tudo mudou e esse ditado, na minha vida já não é mais tão popular assim, é pessoal.

Comecei a entender então que não importa o que você faça, pra onde deseja ir certas coisas nunca vão desaparecer de dentro de você, entendi que as feridas apenas vão cicatrizar, mas elas não vão curar cem por cento nunca. Comecei a levar a serio a idéia de que certas pessoas vão ser sempre inesquecíveis e que não importa o erros cometidos de uns ou outros, essas pessoas nunca vão deixar de fazer parte de uma historia e de um presente, embora muitas nem se dão conta disso.

Não importa a quantidade de leite que derramamos ou qual intensidade dessas lágrimas certas coisas vão ficar pra sempre marcadas, como as fotos da infância, como as broncas, certas palavras nunca vão deixar de ser pronunciadas, não pela boca, mas através do coração.

Entendi que sentir saudade é bom, que ter amigos é uma necessidade e que sofrer por amor é uma busca por uma felicidade estável.

Não importa a forma como cada um sente, não importa a maneira como cada um age em certas ocasiões, certas coisas não têm mais volta, mas em nenhum momento deixaram de ser verdadeiras e totalmente especiais.

Hoje eu só guardo dentro de uma caixa debaixo do meu armário todas as lembranças, todos os desejos que um dia tive e todos os momentos que eu deixei passar, uns por pura infelicidade, por ter a chance de ter ido por um caminho diferente, outros por pura felicidade por ter encontrado pessoas maravilhosas que hoje fazem toda a diferença.

Gabriela Carvalho
Enviado por Gabriela Carvalho em 28/01/2011
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