Escrever - pequenos devaneios
Escrever é, para mim, muito mais complexo do que falar, não somente pela formalização que a escrita passa, mas também pela impessoalidade inicial que um texto acarreta. É interessante que com o passar do tempo parece que nos tornamos íntimos do escritor que apreciamos, mas no início, um texto me parece sempre impessoal. A fala por si só parece de cara quebrar esta impessoalidade, o falante está ali, eu interajo com ele, e mesmo erradamente muitas vezes crio imagens mentais sobre o orador, é verdade que na maioria das vezes imagens pré-conceituadas.
No ato de falar, o interlocutor tem ao seu dispor uma gama diferenciada de referências. Ele próprio pode se utilizar de ações gestuais, sonoras e comportamentais para dar ênfase ou reforçar sentidos semânticos.
O interlocutor pode se utilizar de feedbacks, intencionais ou não, para direcionar melhor sua rota, ou mesmo rever sua estratégia em tempo real.
O escritor não. Ele dispõe apenas do texto, das imagens mentais que este texto pode incutir em seus leitores. Infelizmente estas imagens mentais são em muito perturbadas pelos nossos preconceitos e experiências de vida. Um texto é fixo. A relação com o leitor é real, mas não garantida. Não há feedback de espécie alguma, mesmo que o leitor de forma ríspida interrompa a leitura, o escritor jamais saberá desta sinalização.
Palavras possuem sentidos diferenciados para diferentes pessoas. Isto é valido tanto para o orador quanto para o escritor, é bem verdade, entretanto o orador possui ao seu dispor do feedback dinâmico, alem da sua capacidade de reforçar “gestualmente” e sonoramente a semântica desejada.
O escritor tem apenas a seqüência textual de seu texto. Por isto escrever, para mim, é muito mais difícil do que expor algo na forma oral. O texto tem em contrapartida a vantagem de permitir que cada leitor, pelo exposto, possa efetuar viagens próprias.
Outra vantagem do escrever, é que jamais conseguiria atingir um publico tão grande e diversificado como o deste recanto se apenas me motivasse a falar. Por isto escrevo, tendo a certeza de que não sendo dono da verdade jamais conseguirei agradar a todos, ou mesmo convencer poucos, mas mesmo assim escrevo.
Escrever é, para mim, muito mais complexo do que falar, não somente pela formalização que a escrita passa, mas também pela impessoalidade inicial que um texto acarreta. É interessante que com o passar do tempo parece que nos tornamos íntimos do escritor que apreciamos, mas no início, um texto me parece sempre impessoal. A fala por si só parece de cara quebrar esta impessoalidade, o falante está ali, eu interajo com ele, e mesmo erradamente muitas vezes crio imagens mentais sobre o orador, é verdade que na maioria das vezes imagens pré-conceituadas.
No ato de falar, o interlocutor tem ao seu dispor uma gama diferenciada de referências. Ele próprio pode se utilizar de ações gestuais, sonoras e comportamentais para dar ênfase ou reforçar sentidos semânticos.
O interlocutor pode se utilizar de feedbacks, intencionais ou não, para direcionar melhor sua rota, ou mesmo rever sua estratégia em tempo real.
O escritor não. Ele dispõe apenas do texto, das imagens mentais que este texto pode incutir em seus leitores. Infelizmente estas imagens mentais são em muito perturbadas pelos nossos preconceitos e experiências de vida. Um texto é fixo. A relação com o leitor é real, mas não garantida. Não há feedback de espécie alguma, mesmo que o leitor de forma ríspida interrompa a leitura, o escritor jamais saberá desta sinalização.
Palavras possuem sentidos diferenciados para diferentes pessoas. Isto é valido tanto para o orador quanto para o escritor, é bem verdade, entretanto o orador possui ao seu dispor do feedback dinâmico, alem da sua capacidade de reforçar “gestualmente” e sonoramente a semântica desejada.
O escritor tem apenas a seqüência textual de seu texto. Por isto escrever, para mim, é muito mais difícil do que expor algo na forma oral. O texto tem em contrapartida a vantagem de permitir que cada leitor, pelo exposto, possa efetuar viagens próprias.
Outra vantagem do escrever, é que jamais conseguiria atingir um publico tão grande e diversificado como o deste recanto se apenas me motivasse a falar. Por isto escrevo, tendo a certeza de que não sendo dono da verdade jamais conseguirei agradar a todos, ou mesmo convencer poucos, mas mesmo assim escrevo.