sobre a depressão
Quem não ouviu o dizer de que a depressão é o mal-do-século? parece que nesses tempos de corre-corre e globalização as nossas realizações diárias ficam perdidas num turbilhão emocionado e às vezes ou quase sempre melancólico de desordem e confusão. então, a depressão aparece nesse nosso século como a insatisfação pelo mundo em que se vive, a tristeza pelas coisas que se tem mas na verdade não parecemos ter; consiste o ser depressivo em alguém essencialmente inconformado com o seu destino, sua vida; estão constantemente tristes com tudo e até um sorriso parece disfarçar o coma psicológico contido nessas muitas mentes que vagam o espaço terrestre e o sideral, em busca de uma autonomia de vida que a globalização, a fumaça e os automóveis, além dos números celulares e de cartões de crédito, débito e tudo o mais, os quais impedem decisivamente essa buscada autonomia de auto-estima e realização. uma loucura deveras preocupante, é que nossos jovens cada vez mais sofrem suas vidas e preocupam-se com banalidades. há quem tenha tudo e não veja nada; há quem nada tem, mas que tudo vê, pois observa, assiste e entende, que o mundo nosso não nos pertence, é em nossas mãos um brinquedo fora de controle, uma arma que atira para todos os lados...
da depressão podem surgir diversas coisas, desde apatia por certas coisas até um isolamento tal que a própria pessoa isola-se de si e do mundo, e de suas crenças ideológicas.
o "boom" da geração século XXI tem um grave problema para enfrentar: o descuido com o nosso lar acabou tornando a terra um inferno vivo, com a diferença de que a morte física é um detalhe banal e diário, porque ao bom observador cabe notar que as dores do mundo vem das nossas mãos, e nossa responsabilidade de ação é reverter esse quadro, ou extinguir-se de vez. os maus observadores olham para o céu e procuram por um motivo que não está lá. se olhassem dentro de si mesmos e à sua volta, veriam que o sangue dos inocentes não cai do céu e nem vai para lá, mas está nos dedos e no coração de quem não faz progresso, de quem destrói a humanidade e a si mesmo, lentamente, com dor, sem sucesso...