O Véio Desdentado

Era um véio louco

Desdentado e afoito

Pichava os muros

Pichava a casa

E falava sozinho

Coitado do véio.

Era tão confuso

Era tão difuso

Era tão luso!

O véio enganava

As mocinhas da rua

O véio mijava

E chamava de whisky

O véio era triste

E insano também.

Falava que ninguém

Era tão genial

O véio era `o tal´.

Que pena do véio

Ele lia sem ler

Escrevia sem ver.

Que dó do véio

Dó de saber

Que o véio pensava

Enganar todo mundo.

Era tão desdentado

E também mentiroso.

Um véio leproso

E bem linguarudo.

Que pena do véio

Só queria ser moço.

Diária Mente Louca
Enviado por Diária Mente Louca em 24/01/2011
Reeditado em 24/01/2011
Código do texto: T2749168
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