Decepção Transvalorada
Já não é de surpreender que eu me surpreenda com a decepção. Porque há algo aqui dentro que ainda pulsa pela necessidade de algum tipo de verdade vinda de fora.
Ilusões, mentiras, embustes.
Permito que as palavras entrem nos meus ouvidos ou nos meus olhos, caminhem na minha cabeça e se instalem no meu cérebro como uma bala perdida. Um projétil Dundum, devo ressaltar. Já dentro do meu cérebro, a idéia permanece. E vai apodrecendo conforme as atitudes afirmadas dentro de um determinado contexto vão se esvaindo e perdendo o sentido. Quando, por fim, um ideal auto-imposto (e exposto) foi traído, a ferida que tomou origem na minha cabeça se espalha pelo meu corpo. Afeta a minha fala, afeta a minha visão. Tartamudez e visão turva são normais. Ausência de sentidos sensoriais e depois a ausência do sentido, quando a ferida alcança o coração.
Leviandade, frivolidade, temperamentalismos.
Todas moedas do mesmo valor colocadas no mesmo bolso. Todas dando a entender algo íntegro, derradeiro, concreto. Moedas falsas. Moedas lapidadas no fundo do quintal de um subconsciente afetado. De um subconsciente frágil, que fia-se a valores vazios. Moedas que não podem comprar o que se quer.
Moedas que não compram o meu amor por você.
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The (International) Noise Conspiracy - Capitalism Stole My Virginity