Onde está a verdade?
Ando e continuo vendo as mesmas coisas, as mesmas ruas, as mesmas pessoas, as mesmas vidas.
Vejo um mundo tão imenso mas que cabe dentro de um frasco diminuto da minha mente.
Momentos tão bons que poderia guardar para sempre no meu coração, se não fosse esse desejo contínuo de ter novos momentos.
Esse desejo contínuo de beber a vida numa golada só.
Poderia fazer pinturas de fatos marcantes em minha vida,
fatos fúteis, sem importância, mas que construíram minha vida como é hoje.
Fatos tolos que mostraram o verdadeiro motivo para se continuar respirando.
Ah! Como eu queria saber a verdade! Como eu queria que me a revelassem!
A verdade poderia surgir num belo dia de sol, num momento de plena diversão. Talvez na praia, bebendo com amigos ou até mesmo em um momento de solidão, onde tudo se torna mais claro, onde as coisas voltam pros eixos.
E aí talvez eu descobrisse que a verdade suprema é uma verdadeira mentira!
Uma mentira talvez contada por um boêmio ou uma prostituta em um momento de saudosismo.
Talvez a verdade possa ser revelada quando eu menos esperar.
Talvez na hora do almoço ou quem sabe assistindo um programa na TV.