O Padre Pinto

Padre Pinto chegou

A paróquia era vasta

Muita véia casta

Doida pra conhecê-lo

Padre Pinto Grandão

Era o maior do sertão

E a veiarada curiosa

Queria medir com régua

Padre Pinto e a metragem

Era quase sacanagem

Tão grande que era.

Foi rezar a primeira missa

Acendeu uma vela pequena

E a veiarada olhava pra vela

Padre Pinto tinha a liturgia

Muita coisa linda a dizer

E a veiarada a entreter

Com o tamanho da vela...

Padre Pinto falava de amor

De beleza e de santidade

Viva a missa!

Padre Pinto suava no calor

Pois a batina pesava

Padre Pinto se abanava.

Fim da missa aconteceu

E uma véia chegou no Padre

- Quero confessar, Padre Pinto.

- Pois, não ovelha! Vamos ali.

Era um cantinho safado

A véia logo piscou pra ele.

O Padre inocente nada entendeu

Sentou e falou que aguardava:

- O-velha, o que aflige seu dia?

A véia esperta e capeta

Logo passou a mão na boceta

E pediu pro Padre cheirar.

O pobre Padre Pinto Grandão

Não gostou do cheiro de tesão.

Ele era bicha.

Padre Pinto Grandão desperdiçado...

E a véia, tadinha, tirou a calcinha

Queimou na vela do altar

- Nunca mais eu vou usar!

E saiu da missa, livre... pra dar!

Eita caqui da porra...

Diária Mente Louca
Enviado por Diária Mente Louca em 21/01/2011
Código do texto: T2742656
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