Mãe Natureza
Natureza Mãe, Natureza Manda
Qualquer que contra ti intente será declarado incapaz
Esbanjas nostalgia e seduz com proeminência
Semelhança a ti, na terra jamais
Tão infinita quanto o infinito
Tão lúcida como capaz,
destoa de ti qualquer injustiça
Ages somente quando pedido
e no final com o féu da justiça
Quando entregas teu futuro
À um ser chamado homem
Tão volúvel que o é
quanto insípido que o consome
De prolixa eloqüência e sensata estupidez
Ainda assim não o ignoras e o ostenta como seu
Infeliz com a sua cobiça, em ti, o homem empenha saber
E na retórica de seu dia-a-dia, fingir que te esquece pra ti aborrecer
Esse, cresce e aparece sem nada o deter
Nem a consciência que absorto o faz conhecer
E de tanto que te fere sem acudir a lembrança
Tu, torridamente o faz enlouquecer
Tua ventania inóspita, enseja o medo de perder a vida
Tua bravura transmitida, revela o ser vulnerável que sou
Um homem, um apenas na imensidão que caminha
Neolítico tentando assemelhar-se a ti
Sem pedir-te permissão e sem valorar-te com afim
Te contentas num instante e o faz sentir-se unha de gigante
Que estando presente ou não, não releva o fim e menos ainda a decisão.
22/02/2010
15:15h.