Metamorfose Ambulante

Nasci.

Não desejei isso, mas aqui estou...isso é fato.

O tempo passa.

Sou lagarta. Preciso me alimentar.

Quero mais...e assim o terei.

Eis que quando menos percebo, um casulo em volta de mim.

Me sinto protegida.

Temporário.

Medo!

Logo no amanhecer esperado-inesperado, me sinto mais leve. Pronta para voar?

É o que acredito. E é isso que me alimenta, que me dá asas.

Chegou o momento!

Hora de largar o casulo.

Medo! Não quero mais sair, mas ainda quero...é o que mais quero!

Não sei explicar, nem tennho tempo pra isso...tornar-me já me basta para entender, ou entender nem seja tão necessário.

Já sou borboleta...

Não mais medo!

Voar é bom quando se tem consciência do que é voar...

Mesmo olhando com saudade para a lagarta que fui, isso já não me impede de aumentar as asas que eu me dei, que eu me presenteei...

Minha vida, uma constante metamorfose...gosto disso!

Isso me anseia viver mais.

Quem sabe até ir além do que é voar de fato.

Alcançar além do que o céu de uma simples borboleta.

Essa é minha metamorfose. Metamorfose ambulante.

Jéssica Zaparoli
Enviado por Jéssica Zaparoli em 18/01/2011
Código do texto: T2736077
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