Verdes
Conheci hoje a vida em olhar...
Descobri a cor mais linda que há...
No verde dos meus olhos eu vi a cor...
No seu olhar espelho magico, do seu amor...
Nas ondas cristalinas de raio de sol, assim vivi...
Nas mais distantes estradas que percorri...
Olhar mais lindo eu nunca vi...
Olhar suave e sem medos...
Em um segundo roubou-me os segredos...
Segredos que guardei por toda essa existencia...
Em meio ao agito vi diferença...
E a diferença era você...
De olhos claros, dissimulados, supostamente de me querer...
Eu não sabia o que falar, o que dizer...
Nem sei na hora se algo há...
Sem as coisas ao redor, sem ter ninguém pra me chamar...
Eu não queria, era pecar...
Não ser estranho, não ser grosseiro, te assustar...
Pois que tu és pequeno amor...
A esperança vinda de azul...
Um eterno segundo de talvez...
Afinal o que você fez?
Porque mirou meus olhos em desafio?
Porque não deixam os dois sozinhos?
Não importa...
Vou querer você, mesmo assim...
Mesmo que tudo sobrevenha a mim...
Não vou lutar com meu desejo...
Não é pecado querer seu beijo...
Sonhar com meus dedos enredados nos seus cabelos...
E dividir de frente nossos segredos...
Quem tem culpa pelo que nem pode controlar?
Quem quer ser Deus pra condenar?
Mostrar pra todos que o amor tem jeito...
Da cor mais linda trago no peito...
Agora eu sei, que a cor do amor está nas matas...
Na cor da arara no abrir das assas...
Que a esperança conjuga cor com seu olhar...
E é desse olhar que vou lembrar...
Quando o tempo do olhar passar...
Porque é de sonho que um homem vive...
E é pelo sonho que ele morre...
Mesmo sem cair...
Morrer de pé...
Não tenho culpa, não tenho chance...
Não tenho vida daqui a diante...
Mas mesmo assim, vou prosseguir...
Na minha vida me dividir...
Em dois pedaços que vão ficar...
Um de começo...
E um de pesar...