Esquecendo-o!

Amá-lo foi como sentir sede há anos e nunca morrer. Ver meu próprio corpo apodrecer ainda estando viva nele. Era como se eu soubesse quando seria o ultimo dia da minha vida e não fazer absolutamente nada com medo de estar perdendo tempo.

Implorei por água e esta não me veio. Parti então em busca de algo para matar minha sede e quando encontrei não deixei de notar que o que eu buscava havia secado.

Implorei então pela morte, não a minha, mas a do sofrimento que me atormentava. Sentindo-o partir do meu ser, saíram lagrimas de onde há tempos jamais haverá se quer um mínimo de água. Não havia além de sangue, nenhum liquido em meu corpo e agora da alegria de acreditar que eu realmente fosse me libertar brotava e escorria sobre meu rosto o que jamais imaginei que pudesse acontecer. Senti uma dor tão forte como se ao invés do intruso, estivesse arrancando meu próprio coração.

Logo, o silencio na minha carne se estabeleceu. Ainda pensando no homem em que antes amava, ouviam-se ruídos que em breve foram confundidos e esquecidos com a esperança de encontrar outras razões para que eu pudesse enfim, viver feliz.

Taty Sb

Taty Sbrugnara
Enviado por Taty Sbrugnara em 14/01/2011
Código do texto: T2729087
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