DE REPENTE...

De repente, não era assim...

De repente não era nada disso que eu pensava....

Me parece que os problemas, acontecem somente dentro de nós! Aliás, tudo, mesmo que hajam motivações externas, não escapa à nossa interpretação, à nossa subjetividade. As pessoas nos marcam positivamente e na mesma medida nos machucam. A intensidade de ambas situações depende do espaço que damos a elas dentro de nós, ou ainda, do significado que lhes atribuímos por puro desejo (necessidade) do eu. Aquilo que é bom, excelente, maravilhoso, eu poderia simplesmente tê-los visto como ruim, péssimo, horrível.

A diferença entre essas subjetividades tem nome: otimismo e pessimismo....

....E a vida se faz assim, nesse trânsito, nessas travessias entre um ponto e outro? O bom senso, ou o que muitos chamam de senso de realidade, seria um caminho mediano entre esses pólos antagônicos fixados pelo otimista e o pessimista? Haveria um caminho de equilíbrio exato onde a felicidade (paz) aconteceria? Parece-me também que não! Tudo é crença da pessoa, é olhar dela transformado em realidade para si de acordo com suas necessidades. É tudo imprecisão. Até esse dito bom senso mediano! De fato, ‘viver não é preciso’.

Os racionais (intelectuais) repugnam isso, pois querem objetividade. Mas, não deve haver nenhuma objetividade nisso tudo. Ou há? Tudo é assim enquanto não enxergamos diferente! É olhar do ‘eu’ transformado em um mundo formatado acorrentando-me em uma única possibilidade. Talvez a questão mais imediata seja: Como lidar com a dor cruel e ardida de passar de um olhar para o outro sabendo-nos desprender de tudo que a isso esteve acoplado? Como suportar a dor de precisar transitar entre significados?

MARCELO LIZARDO
Enviado por MARCELO LIZARDO em 10/01/2011
Reeditado em 12/01/2011
Código do texto: T2720518