O estopim genial do modernismo
-Ôh, negrinho entremetido, eu te bato,
heim! -Bata que eu corro!
-Eu corro atrás!
-Eu escapulo por debaixo de mecê!
-Eu me agacho!
-Eu pegava numa pedra e tocava uma pedrada em mecê!
-Eu desviava!
-Eu pegava num relho, dava uma relhada em mecê
-Quede relho!
-Eu dava uma paulada!
-Não tem pau!
-Nem num sei! Pegava no que fosse e dava uma quefossada em mecê!
Mario de Andrade em O Turista Aprendiz
As lembranças do inicio do modernismo lá de 1922, são muitas. Anita Malfatti, Monteiro Lobato e a briga por conta de uma arte inovadora e ousada para época vinda da Europa trazida pela Anita. Temos também a festa em que poeta e escritores esmagaram o Parnasianismo inclusive com Manuel Bandeira falando a língua dos sapos pondo de uma só vez a forma, a norma culta, o português difícil, a rima forçada em baixo do martelo. Que todos esses nomes entre outros foram importantes para surgimento do modernismo sem duvida alguma que foram, mas não podemos esquecer o personagem principal de 1922 que foi Mario de Andrade pela sua ousadia em criar um movimento totalmente inovador, astucioso, incitador e com a revolução que mudou a literatura brasileira na forma de escrever e pensar. Mario de Andrade com as poesias e suas obras mais famosas que são: Macunaíma o herói sem nenhum caráter e O turista aprendiz com essas duas obras ele modificou a forma de se escrever, o falar do povo principalmente o falar do negro e do índio foi o tudo em sua obra o que se expandiu para outros autores, os de 1930, em Jose Lins do rego, Rachel de Queiros, Graciliano Ramos entre outros, mais tarde João Cabral de Mello neto, Guimarães rosa esses falando a língua do nordestino. O modernismo trouxe o povo, o social, a mazela, trouxe a denuncia e o sofrimento em condições de vidas totalmente esquecidas. Em 1922 deram inicio ao processo de pesquisa, achado e descobrimento muito forte da literatura brasileira e o principal responsável por isso foi o GRANDE MARIO DE ANDRADE.