Tal como a vida
Havia um caminho, uma trilha, talvez até um lugar...
Tinha pés na caminhada, e um destino a chegar...
Não importava se era dia ou noite, ou se o sol ou a chuva eram companheiros na caminhada...
Mas com certeza havia estrada...
Havia também um castelo, com pontes cor de céu...
E campos verdes, e árvores enormes...
Em muitas delas haviam nomes...
Que foram escritos de formas várias...
Haviam rios de águas calmas...
Nesse castelo morava um sonho, um algo estranho de ser feliz...
Um continente de maravilhas, e era feito todo de giz...
Tal como a vida e seus caminhos, esse castelo trazia ninhos...
E nas janelas como os amigos, cantavam todos os passarinhos...
Que procuravam nas altitudes, como na vida fugir dos rudes...
E atravessavam grandes distancias, pra encontrar na sua constância, mais um refugio de liberdade...
E havia um brilho que era saudade....
Que ofuscava o olhar dos outros, ditava vícios e vaidades...
Nas pradarias voavam soltos, os passarinhos em liberdade...
Como na vida eram tesouros...
E cada um tinha seu sonho, de ter encontros com outros voos...
E esse castelo é nossa vida...
E as pontes cor de céu, as despedidas...
As árvores enormes são os desafios...
E os amigos os passarinhos...
Dependurados nas janelas, que avistam os penhascos, e as janelas são nossos braços...
Os campos verdes são os amores, mas há os troncos neles caídos, que podem estar bem escondidos...
Aquelas árvores, que deixam galhos, que como elas são desafios...
Trazem a dor do amor perdido, aqueles troncos, os escondidos...
Os rios calmos são as vontades, que como as águas levam as tardes...
O castelo, que era de giz, que guarda o sonho que alguém não quis...
Trás dentro dele maior tesouro, aquele sonho de ser feliz...
E a estrada parece grande, mas é nossa longevidade...
Quem faz a estrada do meu castelo, ser mais distante do que eu quero...
Não é a sorte nem a maldade, é a vivência que eu carrego.