Perguntas de vida
Ahh Deus...
Porque os destinos são tão diversos?
Por que as vidas se desencontram?
Ah Senhor...
Por que os sonhos são de cada um?
Por que o destino só nos traz o que merecemos?
E se ele não lhe trouxe aqui?
Será porque eu nunca mereci?
Saberei eu lidar com a escolha que a vida faz?
O meu mundo imperfeito que é, tem em si a fonte das verdades?
Tem em si as alegrias e as saudades?
Pode haver maior dor que a dor corrosiva de amor?
Obscura, simples, majestade de nos mesmos...
Quem saberá dizer ao vento as palavras certas?
Quem saberá ouvir as mentiras veras?
Quem tem o som e a cruz da minha vida?
O que há de insulto na saída?
Eu serei dono do meu frio, e senhor do desafio?
Ou darei de mim calor, ou bem fácil meu amor?
Não haverá nada infinito em ser aceito?
Só há dor no desfeito?
Combinas comigo, se acordado for, essa predileção, quem deterá a razão?
Tenho sorte de poder lidar com a carga da partida em minhas mãos...
Tomarei, se souber, conta da minha vida?
Será a corda do pingente, o trunfo e a vitoria da mão fraca da discórdia?
Abrirá você a sua porta e deixará vir sobre mim o Sol de fevereiro?
Ahh Senhor...
Eu aqui louco e cheio de mim mesmo, perdendo vida por anseio...
Questionando as cores, sendo rude nos amores, ignorando existência pela ausência do que nem vi?
Alguém?
Quem?
Óhh Deus...
Vem chegando alguém, veio de mãos dadas com o presente, trouxe consigo a semente...
Algo novo inesperado, traços vivos de passado?
Não!!
Dessa vez não...
O alguém trouxe um olhar, por entre os dedos um amargo sabor de dor...
Mais um amor!