O que sinto
No meio do mato de eucaliptos
É indescritível
Ao olhar seu balé infalível
De infinitas folhas
Que abraçam tantos galhos
São braços benditos
Como o mar caudaloso
De estrelas a brilhar
Em meio ao aroma
Aos estalos de seus caules
Vejo meus dois cães
Que se confundem
Com a cor das folhas secas
Que formam um tapete
Cor suave de café
E quando o sol
Esconde-se nas nuvens
Fica um ar de mistério
Penumbra refrescante no ar
Exala esse perfume
Que invade minha alma
Sem pedir licença
Conduz meus dedos
A simplesmente voarem
Junto com esse espírito
Perdidamente poético
Que só sabe
Viver e amar.
A poesia é de minuto
Mas eterno é meu sonhar
ACCO