SOLIDÃO
Há um rio
a correr dentro de mim
Suas águas turbulentas
acolhe o temporal
E transborda
Inundando os sóis
que sem brilho
Vertem gotas amargosas...
A pele arrepia-se
Ao toque solitário
noite que apavora
O silente coração
Madeixas revoltas
Secam os lábios
E busca na penumbra
Resquícios da alegria
Fez-se noite,
Distrai-me o tilintar da chuva
Enquanto espero
Na fresta,
Luzir os raios do sol...