Poesia, a nau dos poetas
O poeta é um nauta das letras, o mais intrépido, pois com sua nau, a sua escrita, singra os mares procelosos, portanto não segue as rotas comuns dos demais navegantes literários, preferindo mares nunca dantes navegados e as suas imprevisibilidades e as intempéries e os nevoeiros, que o tornam, por vezes, inacessíveis aos simplistas, aos imediatistas. É um risco que corre o poeta por escolher a poesia como sua nau e suas águas como peculiar escrita, sem nunca encontrar um cais do porto onde atracar.