Natal com instinto assassino. Fantasmas 4

[NOTA (8/11/11): Eu devia estar muito-muito-muito-revoltado quando escrevi esse aqui. Estranho como eu me prestava a falar de tanta coisa meio de qualquer jeito... Mas é parte do que eu precisei fazer pra poder falar de qualquer coisa de um jeito mais preciso e precioso. É isso.

Até acho o natal simpático, aliás, e acho importante que exista esse tipo de coisa pra pontuar os anos. Sim, é importante, como inclusive a própria religião talvez seja importante, mas no caso da religião, ela só existe pra que possamos vencê-la, o que provará nossa força sobre nós mesmos e a massa pesadíssima do outrem.]

Eu nunca liguei pra Merda do Natal. Meus pais, por muito tempo movidos [8/11/11 - sem ter a mínima culpa disso, de certo] pelos dogmas [8/11/11 - estúpidos e] estupidificantes da igreja estúpida [8/11/11 - sic] que frequentavam (e olha que existem bares muito piores, nesse ramo), achavam que aquele tipo de festa era pagão [8/11/11 - pagã. melhor adjetivar festa do que tipo, com toda certeza, se bem que talvez fosse melhor evitar usar essa construção de qualquer maneira...] demais pra entrar aqui em casa, então [8/11/11 - aqui] nunca teve árvore [8/11/11 - nem luzinhas] e nem essas porras. Com 5 anos de idade eu já sabia de cor [8/11/11 - sic] que não havia porra de Papai-Noel coisa[8/11/11- ...]nenhuma, [8/11/11 - -] nem aqui nem na merda da Finlândia [8/11/11 - ,] onde inventaram essa babaquice do mesmo modo que alguns séculos antes alguém inventava a babaquice chamada Deus... [8/11/11 - isso sim é que é revolta...]

(Daí muitos séculos depois Nietzsche veio e matou deus, ao teorizar coisas como a "Vontade de Potência", Übermensch, essas coisas.)

E se o Natal ainda existe, é porque a burrice persiste, e persistirá, quiçá para sempre. [8/11/11 - pega leve, irmão...] Não sei se posso culpar alguém, já que somos todos, inclusive eu, escravos inexoráveis de nossas constituições e mentes de humanos. Sim, a [8/11/11 - é quem]mente dita as regras. Obedecendo demais, você se fode. Desobedecendo, explode.

Bom, meu amigo, aqui na cidade onde eu vivo a crendice rola solta; as pessoas acreditam em tudo o que passa na TV, sendo que só falta a elas apedrejar quem nota discrepâncias no discurso dos tais "formadores-de-opinião", e eu juro que preferiria ser enforcado nas rédeas de uma rena vestindo a touca de bom-velhinho do que ter de passar o sofrimento de ser um crente-bastardo apoiado em infantilices inúteis por uns 3 natais.

Pois que realmente estas crenças nunca edificam nada mas MUITO PELO CONTRÁRIO, destroem o ânimo, a saúde e a vida. (Não perderei meu tempo listando todos os males que a "religiNão" pode causar. Entendam pelo neologismo bestinha.)

Então, após lutar como um cachorro estrebuchante pra desvencilhar-me das piranhas assassinas e com pequenas auréolas que me abocanhavam a alma – e eu não creio nem um tostãozinho em alma, antes que alguém venha falar bosta – consegui matar meu deus, por fim, também.

Enfim, a maioria dos conceitos que nos regem são fantasmas, no sentido que nos movem mais pelo medo do que pela certeza de sua validade.

Cabeça de cu alada
Enviado por Cabeça de cu alada em 24/12/2010
Reeditado em 08/11/2011
Código do texto: T2690203
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