Hoje senti uma tristeza diferente. Uma melancolia discreta, disfarçada; como algo que passa incólume mas deixa um rastro; uma espécie de nostalgia de sonho não vivido, palavra não dita ou abraço não dado.
Recolhi-me ao meu cantinho de sonho, olhando o céu, abraçada a um livro . . .
Meus livros . . . companheiros de todas as horas. Não lembro de um único momento de tristeza tardia, que não tivesse a companhia deles e da música. Não existe vida em minha alma, sem livros e sem música. É através do que leio e ouço, que beijo ou abraço quem não está presente, que me faço nuance e passo despercebida, que envolvo em meu calor quem está só.
Meus pensamentos . . . queria ter talento para colocá-los em palavas escritas . . . talvez assim, pudesse me ver de fora; pudesse ver além . . . e apontar-me o caminho, a saída.
Imagem: leisdemerf.blogspot.com