ONDE ESTÁ O AMOR?
ONDE ESTÁ O AMOR?
Um dia, em sonho, subia aos céus, entre nuvens e névoas,
Por entre edifícios e antenas, uma Atenas nos anos 2000,
Via mulheres escurraçadas, ludibriadas, sem poder fazer nada,
Com seus maridos, bandidos, estúpidos, corruptos,
Bem(mal) vestidos, com seus cordões de ouro, um estouro,
Suas pistolas de prata, se esgueirando na mata, fugindo,
Do óbvio bem, do natural amor, do explendor da vida,
Via homens de preto, qual pretória,
Julgadores dos ímpios, dos marginais, dos infelizes,
Felizes por serem caçadores de animais racionais,
Sem qualquer razão, carentes de ração de cultura,
De amor próprio, de amor ao próximo,
Desprovidos de qualquer sentimento bom.
Via cidades inteiras sendo devastadas pela força das águas,
Pela ignorância dos poderosos,
Que jamais tiveram suas casas maculadas pelas cheias,
Mas que lavaram as mãos, ao verem seus irmãos, amontoados,
Nas encostas dos rios, à beira dos mares, nos picos dos morros.
Via vasta riqueza e dolorosa pobreza se relacionando,
Como se fosse normal, como se o normal não fosse uma equiparação,
Dessas duas forças, positiva e negativa, é claro.
Via a vida transcorrer mansa em pacatos remansos,
E agitada em grandes metrópoles.
Via grandes cidades, mixto dessas duas situações.
E perguntava:
- Onde está o amor?
Por: Jaymeofilho.
14/12/2010.