SOBREVIVÊNCIA

Quando se passa uma vida inteira de sobrevivência, tendemos a achar e até mesmo crer, ser uma honra sobreviver e que somos afortunados por tal façanha. Mas depois de se ter vivido nem que por um breve espaço de tempo, aquilo que considerávamos o ápice da nossa existência já não nos basta mais, pelo simples fato de havermos vivido.

O problema é encontrarmos outra vez algo que nos faça viver, quando o legado de toda a nossa vida, salvo aquele breve momento, nos garante apenas a sobrevivência. Talvez teria sido mais fácil não ter vivido. Porque nesse caso não é sobreviver mas, haver vivido, o maior castigo.

Não estou mal ou bem, sobrevivo...

Queria viver, outra vez.

"Eu quero derrubar as paredes,

Que me seguram por dentro,

Eu quero alcançar

e tocar na chama,

Onde as ruas não têm nome...

Eu quero sentir a luz do sol no meu rosto,

Eu vejo a nuvem de poeira

desaparecer sem deixar pista,

Eu quero me abrigar,

Da chuva ácida...

A cidade está inundada, e nosso amor se enferruja,

Nós fomos malhados e assoprados pelo vento,

Esmagados em poeira,

Eu te mostrarei um lugar,

Acima das planícies desérticas,

Onde as ruas não têm nome.

Nós ainda estamos construindo e queimando amor,

Queimando amor,

E quando eu vou lá, onde as ruas não tem nome,

Eu vou com você.

É tudo o que eu posso fazer...

Oh, when I go there

I go there with you

It's all I can do..."

(U2)

cinara
Enviado por cinara em 12/12/2010
Reeditado em 12/12/2010
Código do texto: T2666723
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