“Esperança”

Só não perdi a aliança do dedo, esta

Me trás lembranças, lembranças de um

Tempo fértil cultivada pela esperança.

Esperanças que pairavam nas asas dos

Bons e desejados ventos! Ventos que

Açoitam com veemência os resultados

Tangíveis pela esperança. Se perdesse

Eu a lotação, logo viria outra não tão

Lotada. Se perdesse um amor, logo o

Coração entregava-se a outro amor, se

Perdesse a direção, a outra certa encontraria.

Por isso ainda não pedi a aliança, nela,

Guardo a mais doce esperança, a de retornar

De tão longa partida aquela quem em meu

Dedo a colocou.

Joel Costadelli
Enviado por Joel Costadelli em 07/12/2010
Código do texto: T2658527