O Jardim

É quando tudo me falta; a mão, o braço, o abraço.

Os cômodos se tornam vagos, e de proporção surreal.

A janela do mundo entreaberta , mas meu céu tornou-se vazio e apagado.

Um suspiro, pela mesma janela um frio, um arrepio daqueles que gelam a espinha.

Quando dou por mim, Opa! meus pensamentos fogem por ela, ela a mesma janela que tantas vezes me debruçei, ansiosa a sua espera.

Hoje, a espera de nada , mais só que nunca; me afogo em lágrimas e em busca de um consolo me atiro ao travesseiro frio, um abraço vazio.

Soluço, reviro, repulso.

Para despertar outro acinzentado amanhecer.

Só o jardim me parece alegre.

Layla Sabongi
Enviado por Layla Sabongi em 03/12/2010
Código do texto: T2651876
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.