O Jardim
É quando tudo me falta; a mão, o braço, o abraço.
Os cômodos se tornam vagos, e de proporção surreal.
A janela do mundo entreaberta , mas meu céu tornou-se vazio e apagado.
Um suspiro, pela mesma janela um frio, um arrepio daqueles que gelam a espinha.
Quando dou por mim, Opa! meus pensamentos fogem por ela, ela a mesma janela que tantas vezes me debruçei, ansiosa a sua espera.
Hoje, a espera de nada , mais só que nunca; me afogo em lágrimas e em busca de um consolo me atiro ao travesseiro frio, um abraço vazio.
Soluço, reviro, repulso.
Para despertar outro acinzentado amanhecer.
Só o jardim me parece alegre.