AMOR ETERNO


A chama que me abrasa e de tal fogo
que, enquanto eu viva for, há de durar
E o nó que me tem presa é tão forte
que não há de desatar em vida ou morte

No meu coração sempre estará
enquanto a alma estiver a ele unida
e depois que a alma do corpo for partida.
Pois não há do amor alma mais cativa
do que essa humilde poetisa.

E não há quem te ame mais
nesta ou em outra vida
E ser tão sua até na despedida
e jorrar-te amor eterno em fonte clara e cristalina.

E rogo-te que em sombras, colha as flores
pois ainda agora o tronco sente as dores
Chora Vênus a dor do moço extinto
ao ver seu amor em sangue tinto

E por mais longa que a vida seja
não existirá em mim tamanha dor que se deseja
Não há amor, que desfaleça, em que mais amor não se converta.


Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 01/12/2010
Código do texto: T2647884
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