AMOR ETERNO
A chama que me abrasa e de tal fogo
que, enquanto eu viva for, há de durar
E o nó que me tem presa é tão forte
que não há de desatar em vida ou morte
No meu coração sempre estará
enquanto a alma estiver a ele unida
e depois que a alma do corpo for partida.
Pois não há do amor alma mais cativa
do que essa humilde poetisa.
E não há quem te ame mais
nesta ou em outra vida
E ser tão sua até na despedida
e jorrar-te amor eterno em fonte clara e cristalina.
E rogo-te que em sombras, colha as flores
pois ainda agora o tronco sente as dores
Chora Vênus a dor do moço extinto
ao ver seu amor em sangue tinto
E por mais longa que a vida seja
não existirá em mim tamanha dor que se deseja
Não há amor, que desfaleça, em que mais amor não se converta.