LER E ESCREVER PARTE I
Essa semana conversando com uma professora, sobre a prova que teremos dia 5/12/2010, ela mencionou que precisava do material de apoio para estudar, eu estava preocupada com ela, pois ela não os tinha .
Corri para casa e peguei tudo o que tinha de resumo e resenha e montei uma planilha e os dei para esta companheira.
Combinamos que após a aula ficaríamos um tempo estudando, ela concordou em parte, no caminho para casa, ela me disse que nunca foi muito de estudar que sente sono e por isso prefere ensinar segundo aquilo que aprendeu em seus anos de experiências em sala de aula.
Fiquei calada respeitando a idade e muito preocupada.Eu não estava duvidando do que ela sabe fazer, mas me preocupou porque hoje o ensino da escola pública está mudando após a implementação dos guias de orientação didática do material LER E ESCREVER.
Hoje de manhã conversávamos sobre os conteúdos e bibliografias da prova, percebi que alguns professores se esforçam muito, lêem, trocam idéias, procuram buscar aperfeiçoamento naquilo que mais encontram dificuldade na hora de fazer o aluno entender.
Ainda vejo que muitos profissionais se asseguram naquilo que sabem e aprenderam a 30 ou 20 anos atrás, não estão melhorando seu desempenho, por que não gostam de ler estratégias de ensino renovadas, pois tem sono.
Diariamente recebemos um carga explosiva de alunos que estão com dificuldades na escola, não me refiro aos alunos que tem problema de saúde ou comportamento, mas Segundo Ana Smolka, os alunos tem dificuldade, por não entenderem a proposta do nosso trabalho e não tem do professor um olhar mais aprofundador, pois este não observa que os alunos necessitam de outros tipos de explicações para entenderem o objetivo e finalidade dos exercícios propostos.
Fiquei muito preocupada, pois há milhares de professores ótimos e infelizmente outros milhares que não entenderam a proposta do LER E ESCREVER, há resistência, não buscam, não se interessam, ou até se interessam, mas estão sempre com sono.
Nossos alunos estão bem acordados e cheios de vida para aprender, quando sentem, (ainda que não saibam explicar), que o professor também está despreparado eles querem tomar a aula em nosso lugar e entre si, eles mesmos se organizam em sua própria discussão no que vão fazer naquele dia na aula. Isso gera a bagunça e falação.
Os alunos devem compartilhar idéias dentro de um contexto pedagógico para aprenderem a interpretar os próprios textos e de outros autores com autonomia, chamo esta situação de aula de falação organizada, pois estão ali trocando informações sobre o exercício que precisam realizar em duplas.
O que será que acontece quando um aluno que não apresenta problemas de saúde ou de falta? E não conseguem absorver durante 11 meses aquilo que é ensinado na sala de aula?
Será mesmo que estes professores que vivem com sono e tem muitos argumentos para culpar os alunos, culpar o sistema, culpar a falta de material? Sempre culpam o outro! Será mesmo que estes professores estão certos em sua didática?
Acho plausível quando ouço:
___ Gostaria que meu filho fosse aluno da professora Y, X,Z.
Bonito não?
Isso acontece quando a família sente que o professor se preocupa com o que o filho vai aprender na escola, no lar, no parque, e etc.
E os professores que estão sempre com sono e não tem sede de aprender estão preocupados com o quê?
Não estou mencionando aqui os casos de Estresse, este é outro campo que queridos colegas ainda passam, precisam de tratamento e descanso, me refiro aos casos de professores saudáveis que não tem mesmo vontade de avançar naquilo que se deve ensinar, ou se perderam dentro dos seus ensinamentos e não sabem onde precisam melhorar a didática da explicação das atividades.
O maior recebimento do professor é ver o avanço dos seus alunos, todos já sabiam que o salário seria inferior ao tempo que levamos para preparar aula, isso quando ele prepara! Então não se empenhar em ler o material que recebemos para nos aperfeiçoarmos, não é desculpa para não darmos aos alunos da escola pública aulas e ensino de qualidade, que qualificam o aluno como levantador de opinião, questionador, atuante, convicto de seus próprios anseios, duvidas e resoluções, seja de qualquer assunto ou tema.
Este não é discurso sobre quem é melhor ou não, mas um alerta aos professores que ainda não perceberam que os alunos precisam de tudo que é necessário na fase inicial da escrita.
Saber como ensiná-los sem confundi-los, é preciso que haja um estudo mais profundo das possíveis dúvidas e questionamentos que os alunos podem levantar dentro da aula e fora dela.
Há ainda que se preocupar com os tímidos e com aqueles que mesmo não o sendo, tem receio de perguntar ou acham que estão certos em tudo.
Professores é preciso renovar a didática urgente!
A escola pública precisa ter outra fama, e que seja boa, afinal é o nosso caráter e o futuro do mundo que está em nossas mãos. Todos precisam e passam pelo professor!
Aquilo que se aprende não se esquece. Quando se aprende erroneamente ou parcialmente também não esquecido, será uma carga carregada pela vida inteira.
Pense com carinho, já passou da hora de renovar os conhecimentos acerca daquilo que o aluno precisa aprender e como ele deve aprender.