ANGÚSTIAS

Ah,

maldita angústia litorânea que me apanha todas as tardes.

E lembro das felicidades,

e lembro dela,

delas,

dos meus pecados quando em tempo de ¨puros¨ pecados.

Maldita angústia poética...

e passo a escrever demais,

a pensar demais, a amar demais,

pra desamar em tudo,

pra que tudo se desfaça nas bordas

dessa maldita angústia das estradas.

Sigo a estrada rumo ao meu destino.

Desatino.

Faço versos.

Fumo como um velho diabo...

Ah, maldita a hora em que as horas passaram a me dominar a vida.

Sim,

exatamente assim:

as horas castigam,

eu envelheço,

e as angústias acabam por fazer ninhos no meu nicho ameaçado !

Marcos Karan
Enviado por Marcos Karan em 01/12/2010
Código do texto: T2647254
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.