PORTÃO ESTATAL
O grito de socorro,
Pelo portão da cidade tranqüila,
Quando saio vejo e corro,
Aquela alma que se destila.
Vejo passar os elementos,
Por aquele enorme funil,
O anil que reflete Narciso,
Nesta vida já é impreciso.
Essa idéia é demais fútil,
Por ser mentira torna frágil,
Não consegue o que se busca,
Porque o bom ela ofusca.
Os passos dessa cidade
São lentos para a velha idade.
PROPOSTAS. Edinaldo Formiga. São Paulo: 27/11/09
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