Meu grito mudo..
Eis o meu nó se desfazendo, estou podendo finalmente dizer o que tanto queria, estou gritando, usando as palavras num grito mudo, onde seus ouvidos não ouvem, e seus olhos não vêem... eu grito enquanto você fala, anda e vive!
Não compreendo tanto sua escrita, seu modo de vida, seu jeito de amar, e enlouqueço como louca, sem saber ao certop como proceder e por mais que não ouça sua voz tocar nos rádios, eu sei, eis toda a minha lucidez, aquela em que me respaldava indo embora, pois já não sei para quem mais eu escrevo; se para um antigo amor, um amigo ou um desconhecido que tocava no meu toca-fitas de dormir... Não sei para quem mas, bem, sei por que, e este pode ser o motivo principal, o mais forte pelo qual ainda não parei... e como Lispector, eu escrevo para me sentir viva!